sábado, 16 de novembro de 2013

PARADIGMAS



Com certeza conhecemos pessoas que nas suas histórias de vida estão sempre fazendo acontecer, empreendendo, vivenciando o sucesso, realizando-se. Algumas pessoas começam uma coisa, desistem, iniciam outra, abandonam, “quase conseguem”. Outras colecionam situações de fracasso, derrotas, “nada dá certo”. Outras, ainda, ficam assistindo, acomodadas, aguardando o que vai acontecer. Devemos, também, conhecer pessoas que nas conversas do dia a dia, sempre tendem à conciliação, outras à competição, outras ainda à confusão e algumas à alienação. Listamos apenas alguns comportamentos que são repetitivos na vida de diferentes pessoas, alicerçados pela cultura, família, religião, tradição, educação dos pais, amigos, ensino nas escolas, ambiente de trabalho e que à medida que foram crescendo, adquiriram um conjunto de paradigmas que levarão pela vida ou não.
Os paradigmas têm força tremenda na forma de ser, de agir, de conseguir resultados, de realizar-se É a maneira como se percebe o mundo, como se vê e se sente algo, um modelo de interpretação, um padrão de referência. Pressuposto filosófico, matriz, teoria, conjunto de crenças ou verdades. São mapas que construímos para interpretar e para nos guiar na realidade da vida. Os paradigmas disciplinam a dinâmica de convívio em sociedade. São determinantes nos nossos comportamentos. Ao aceitá-los serve como critério de reconhecimento nos meios onde é adotado.
A partir do momento que reconhecemos os nossos paradigmas e identificamos aqueles que não nos levam para onde almejamos, podemos, se desejarmos,eliminar alguns, alterar outros, adquirir novos, e, assim, com todo o empenho necessário conseguiremos ser o autor de nossas próprias vidas, assumindo o controle da situação
Somos o que somos, em função da prática, consciente ou inconsciente, dos nossos paradigmas. É importante nos perguntarmos: os meus paradigmas estão me levando ao sucesso, ao fracasso ou à inércia?. Os paradigmas de sucesso nos levam a acreditar no que há de melhor dentro de cada um de nós e nos incentivam a empreender. Os paradigmas de fracasso fazem com que nos sintamos desacreditados, limitados. Os paradigmas de inércia nos conduzem à acomodação. Uma das estratégias para aferir a tipologia dominante dos nossos paradigmas são os resultados que estamos obtendo no dia-a-dia. O importante é saber que podemos, caso desejarmos, alterar qualquer que seja a situação. Assim, se o que está colhendo lhe agrada, mantenha e aprimore os seus paradigmas ou se desagrada, pode mudá-los.
Que tenhamos coragem e mente aberta para reavaliarmos continuamente os nossos paradigmas com o propósito de vivermos antenados, conectados, plugados como pessoas de vanguarda, atualizadas para bem vivermos no “aqui e agora”

João Paulino Quartarola

e-mail: jpquartarola@terra.com.br

OPORTUNIZAR-SE



Tempos idos ouvíamos dos nossos pais, mestres e amigos: “Estejam preparados e atentos, pois quando surgir a oportunidade, agarre-a de “unhas e dentes”. E assim procurávamos estudar, estar habilitado, preparado e de “olhos abertos”, prestando atenção e com os “ouvidos” de prontidão, aguardávamos a tal oportunidade chegar para agarrá-la e não deixá-la escapar. Ufa! Às vezes ela não vinha, não passava, ou se passava não víamos, ou estávamos dormindo.. Quanta espera...Ás vezes até vinha e perdíamos...
Tempos outros.. dias atuais, o paradigma mudou, é preciso oportunizar-se. Para tanto, é necessário estar competente, proativo, isto é, antecipar-se, estar e se fazer presente mais cedo, inovar, gerar necessidades, saber empreender e empreender muito bem.
Oportunizar-se implica em ser arrojado, decidido, focar na geração de situações inusitadas capazes de propiciar melhoria no estado atual, compreender que é do processo correr riscos e assumi-los, ousar, inovar, e, por conseguinte, realizar mudanças.
 Não funciona mais como antigamente: esperar, aguardar... Agora é gerar, criar, “fabricar” a tal oportunidade.
Isaac Newton, “ontem”, ao ver cair uma maçã do pé...eureka: descobriu a Lei da Gravidade. Atualmente estão caindo “maçãs” o tempo todo e de todas as macieiras, quiçá de outras árvores... eureka...eureka...eureka... É preciso oportunizar-se, fazer-se presente com propriedade e personalidade, estar marcante e atuante para transformar cada “maçã que caia” em uma bela e grande oportunidade. Isto é viver no “Aqui e agora”, no momento presente, se oportunizando, tendo como referência o “lá e então” - onde tudo se passou, servindo como aprendizado - e, também, de olho no “logo ali” -  onde tudo está por vir -, tendo sabedoria para contextualizar e aplicar no já, agora. Ufa! eureka..
Tudo se modifica e se renova o tempo todo e com uma velocidade impressionante. Estar preparado, ser competente, antenado, ligado, plugado, é vital. No mundo virtual, com o uso da internet  é possível conectar-se com qualquer pessoa, empresa, nas mais diversas localidades do mundo. Basta “linkar” e saber aproveitar dos benefícios que a internet traz - disponibilizando o que está longe, tão perto, o inacessível tão real - e oportunizar-se a uma nova aprendizagem, a um mundo globalizado que se descortina para o ilimitado.

Oportunize-se para assumir a responsabilidade na condução de situações desafiadoras, arrojadas, capazes de tornar sua história de vida mais singular, vibrante e realizadora. 


João Paulino Quartarola


e-mail: jpquartarola@terra.com.br

HUMILDADE



Na caminhada da vida observam-se vários tipos de comportamento. Algumas pessoas são orgulhosas, vaidosas, esnobes, se vangloriam, sentem necessidade de mostrar que são “superiores”, que são “melhores”, “que têm mais”, “que podem mais”. Quanta soberba... Outras são subservientes, se sentem ”inferiores”, deixam-se subjulgar, permitem ser “rebaixadas”, colocam-se no papel de vítima - “coitadinho de mim” -. Quanta submissão... Outras, ainda, são conscientes de seus valores internos, conhecedoras de si, de seus limites, do seu potencial, aceitam e tratam os outros apenas como diferentes e os respeitam com suas diferenças e não se sentem nem mais, nem menos. Quanta igualdade... Neste último grupo estão as pessoas que praticam a humildade, isto é, têm uma virtude humilde. Procuram manter-se no nível dos outros e entendem que todos são dignos de respeito e devem ser tratados com cordialidade, dignidade, honestidade.
A humildade é um processo a ser aprendido e desenvolvido com paciência, vivência, sabedoria e amor ao longo da vida. As pessoas que a exercitam são hábeis na prática da empatia – se colocar no lugar do outro -, e entendem, compreendem, sentem na “pele” o que o outro vive e tratam todos com consideração, atenção, carinho. Ela é espontânea, emerge naturalmente. Ao exercê-la, compartilha-se o melhor que se tem com os iguais e reconhece os valores e os feitos dos outros, ensina-se com simplicidade e está sempre pronto e receptivo para aprender e crescer com todos.
Equivocadamente, algumas vezes, humildade é associada com inferioridade, fraqueza, submissão e até pobreza. Ledo engano, ela está relacionada com distinção, gentileza, sensibilidade, amorosidade, e, principalmente, autoconhecimento. Pois quem tem plena consciência de si não necessita “mostrar o seu poder”, “aparecer”, “subjulgar o outro”. Somos criaturas, filhos do Criador, Irmãos, portanto, ninguém é superior a ninguém, tão somente, podemos estar com informações, conhecimento, em momentos, circunstâncias ou estágios diferentes, apenas isso.
Quanto mais a pessoa aprofunda no seu autoconhecimento, mais exercita a humildade, e mais vai se aceitando e compreendendo, mudando a forma de tratar a si mesmo e conseguindo estender às outras pessoas; percebe a riqueza existente dentro de si e dos outros. Descobre que, o maior reconhecimento, o aplauso mais significativo, com certeza será o seu. Faça o melhor sempre, é da nossa índole.

Como exemplo prático, podemos citar a Jornada Mundial da Juventude, realizada recentemente no Rio de Janeiro, onde tivemos maravilhosas lições de humildade vivenciadas pelo Papa Francisco. Que Deus nos dê sabedoria para desenvolvermos cada dia mais a virtude da sermos humildes e praticarmos o amor incondicional.    


João Paulino Quartarola

e-mail: jpquartarola@terra.com.br 

COACHING EXECUTIVO




Ideal para executivos que buscam o seu autodesenvolvimento e almejam capacitar pessoas no tocante a excelência pessoal e profissional.

Gestão estratégica de excelência, líderes competentes, liderados realizados com seus serviços, aprimoramento contínuo dos processos de trabalho, efetividade nos resultados das empresas, clientes satisfeitos e ampliação de novos mercados, são alvos a serem atingidos por todas as organizações, sempre. Para conseguirem tal feito as organizações além de precisarem ajustar-se às transformações associadas ao comportamento humano e às inovações tecnológicas, contam com a fundamental e necessária atuação dos gestores como elos no processamento dos insumos em serviços e ou produtos, realizados pelos colaboradores das organizações.
Para empreenderem esses desafios as organizações precisam de profissionais talentosos, devidamente capacitados e líderes competentes para o exercício da gestão administrativa. A capacitação desses gestores é de vital importância.
Assim, quando o mundo dos negócios exigiu um novo posicionamento das empresas no mercado - onde a inovação e a produtividade transformaram-se em elementos cruciais de sobrevivência e o maior bem de uma empresa passou a ser o capital humano -, o Coaching marcou presença e ganhou evidência.
O Coaching nasceu nos esportes, equivale à ideia de treinador experiente na preparação de atletas de alto desempenho. Aos poucos, a ideia foi sendo aplicada a outros campos da vida. É um processo sistematizado, que pode ser realizado individualmente ou em grupo, conduzido por um profissional habilitado – Coach – que estimula e acompanha seu cliente – Coachee – a transformar potenciais em ações práticas, realizáveis, mensuráveis, no sentido de alcançar suas metas. Tem compromisso com os resultados, com a pessoa como um todo, com a sua realização e o seu desenvolvimento. Este processo é direcionado para o aumento de performance , transformação e aprendizado. Orienta-se no presente e no futuro
Existe uma variedade de tipos de Coaching atendendo aos mais diversos segmentos.  Como o nosso foco é a área organizacional, abordaremos o Coaching Executivo. Ele consiste no emprego da metodologia de Coaching num ambiente empresarial voltado ao aperfeiçoamento da performance profissional.  Destina-se às pessoas que possuem algum nível de autoridade e poder dentro de uma organização.  Ideal para executivos que buscam o seu autodesenvolvimento e almejam capacitar pessoas no tocante a excelência pessoal e profissional. Compreende, ainda, o aprimoramento de diversas habilidades, tais como: melhora na elaboração e implantação de planos estratégicos, agilidade e clareza na tomada de decisão, , aumento da capacidade de liderança, desenvolvimento de equipes de alta performance, melhora das relações interpessoais, obtenção de resultados qualitativos.
Sabemos que em muitas organizações, principalmente, em empresas familiares, existem excelentes técnicos ou elementos da família galgando postos de direção sem a devida competência para tal atribuição. O Coaching Executivo é uma excelente ferramenta a ser utilizada para auxiliá-los a explorarem seu potencial de gestão e liderança.
O trabalho de Coaching Executivo inicia-se com a apresentação da metodologia e funcionamento do processo, técnicas, ferramentas. Posteriormente procede-se ao levantamento do perfil do Executivo para conhecer o seu estilo – gerenciamento, liderança, capacidade de decisão, trabalho em equipe etc. Segue-se ao estabelecimento de objetivos que são formalizados no contrato entre o Coach e o Coachee e que passarão a ser o foco do trabalho a ser desenvolvido. Elabora-se um plano de ação e agendam as sessões. O processo é desenvolvido em média com 10 sessões, variando para cada situação, com periodicidade a ser definida com o Coachee. A duração de cada sessão varia de 60 a 120 minutos. Em cada sessão são definidas tarefas a serem desenvolvidas até a próxima sessão, e firmado um compromisso para o cumprimento das mesmas. Na sessão seguinte são feitas avaliações quanto ao cumprimento das tarefas. O não cumprimento das mesmas pode implicar na interrupção do processo, pois o Coaching é focado em resultados positivos.

O Coaching Executivo vem sendo adotado pelas organizações que desejam garantir sobrevivência no mercado competitivo, pois além de fomentar a ampliação e a utilização do potencial dos seus Executivos, capacita-os a multiplicarem as técnicas junto à suas equipes, elevando o nível de performance de seus colaboradores e o consequente incremento quantitativo e qualitativo dos resultados.


João Paulino Quartarola


e-mail: jpquartarola@terra.com.br

PROATIVIDADE



Conhece pessoas que estão atentas a tudo que acontece e sempre se antecipam aos fatos?
Conhece pessoas que sabem o que desejam, se oportunizam a todo instante e movem-se rapidamente para que as coisas sejam concretizadas?
Conhece pessoas que estão ligadas, conectadas, plugadas num mundo dinâmico, sempre de vanguarda, atualizadas, modernas, mobilizando-se com antecipação e oferecendo soluções?
 Essas pessoas são denominadas proativas. Elas pensam e agem na frente. Preveem as necessidades e as suprem, anteveem as dificuldades e as superam, tomam a dianteira das coisas e as resolvem. Estão sempre gerando oportunidades, empreendendo, correndo riscos, buscando mudanças, criando novas situações e comprometendo-se com a obtenção de resultados.
Steven Covey considera que a essência da pessoa proativa seja a capacidade de liderar sua própria vida. Acrescenta Covey, ainda, que proatividade não significa somente tomar a iniciativa, mas assumir a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam; decidir em cada momento o que queremos fazer e como vamos fazer.
Na empresa, por exemplo, podemos também observar numa mesma sala uma pessoa sempre questionando a forma de fazer o trabalho, buscando novos caminhos para torná-lo mais efetivo, promovendo troca de informações no grupo  e outra só fazendo o que mandam, não questiona, aceita passivamente o trabalho, não faz nada para mudar, repete a sua rotina. A primeira pessoa age de forma proativa, a segunda de forma reativa. Como tem sido sua atuação na empresa onde trabalha?
É sabido que, em função da frequência do tipo de nossas ações dizemos que “fulano” tem tendência proativa e “ciclano” tem tendência reativa. Vejamos algumas dicas para estimular nossa postura proativa: vença a autossabotagem, dê significado e importância às coisas que deseja fazer a fim de conseguir automotivar-se para realizar, alie-se a pessoas proativas, questione-se sempre sobre suas respostas se são as melhores, se errou corrija rapidamente e busque novos caminhos...
A pessoa proativa age, reage, interage, inova, modifica, agrega, aprimora tudo que se apresenta à sua volta. A proatividade é um comportamento que pode ser desenvolvido, a escolha é de cada um de nós.


João Paulino Quartarola

e-mail: jpquartarola@terra.com.br

AUTOSSABOTAGEM




Estou fazendo regime... de repente surge um pedaço de “pudim alado”. Só um pedacinho e aí meto o “pé na jaca”. Interrompo o regime.. Fui convidado para o aniversário de um amigo. Estou vendo TV e por preguiça, digo: estou cansado, depois envio um torpedo, WhatsApp. Desisto do social... Estou sempre buscando “uma solução mágica para a minha situação”. Busco nos blogs, sites, livros, ouço amigos...  Eureka! Consegui. Idealizo uma saída... mas não a coloco em prática. Dias de depois recomeço o ciclo... Postergo mais uma vez.. Estes são alguns exemplos de autossabotagem. Isto é, eu, somente eu, consigo me enganar, me ludibriar, arrumar desculpas para interromper, adiar, fugir da situação, desistir.
Para justificar a autossabotagem digo para mim:  “não era bem isso que eu queria! Não era assim tão importante...”  “Ainda bem que as complicações surgiram bem no começo, assim não perdi meu tempo...” “Isso não tem muito a ver comigo mesmo. Meu negócio é outro...” Muitas vezes tenho dificuldades em falar a verdade para mim  e para todos aqueles a quem não quero decepcionar, justificando minhas desistências, interrupções, ditas sem importância, quando abdico do que é essencial que é lutar pela vida. Preciso me policiar para não tornar-me meu próprio inimigo
Assim, autossabotagem são armadilhas mentais que criamos e nos desestimulam a iniciativas para a realização de algo que desejamos. A autossabotagem tem como aliada a falta de confiança em si mesmo. Acontece, algumas vezes, similar a  este diálogo interno: “vá lá...você consegue, faça o melhor”. E responde para você : “não consigo, não dou conta, não sou capaz, falta coragem, estou com medo. E aí não faço.
Só você pode decidir acabar de vez com a autossabotagem. É um processo lento. Inicie. Vá passo a passo até criar o hábito de entrar em ação. Pois se a autossabotagem  leva-o a não fazer,  à inércia, você pode e é capaz de mudar de hábito, treinando fazer, movendo-se. Caso não consiga, procure ajuda de profissional habilitado e competente.
Nada acontece por acaso.  Estava escrevendo este artigo, via computador, e não “salvei” o texto, contudo, deu um “pique de luz” e perdi o documento. Foi uma provação. Surgiu o exemplo para contextualizar o artigo. Poderia autossabotar e dizer: ah, perdi o texto, não vou escrevê-lo novamente e justificar por conta do “azar”. Mas não, venci a possibilidade da autossabotagem e reescrevi o artigo. Agradeço a oportunidade do ocorrido, para agregar valor ao texto com exemplo real.
Caso tenha se sabotado até agora, você pode, merece e é capaz de decidir, a partir deste momento não se sabotar mais. Transforme-se no seu melhor amigo e invista na  construção da sua história grandiosa e simples, focada no que deseja ser. Só você é capaz de ser a pessoa maravilhosa para qual deseja transformar-se.   



João Paulino Quartarola
e-mail: jpquartarola@terra.com.br                                    

RÓTULOS





Sempre que alguém fala em felicidade, ela é relacionada, de um modo geral, ao sorriso, à alegria, ao bom humor. Assim, uma pessoa sorridente, alegre, bem humorada é dada como feliz. Porém, quem aparece de cara amarrada, com ar de tristeza, emburrado, é dado como infeliz. Construímos, a partir da aparência, um estereótipo que classifica as pessoas, rotulando-as e fazendo com que a vejamos de um jeito e não de outro.
            Quando rotulamos alguém de incompetente estamos nos referindo a alguém que não obteve o resultado que esperávamos que conseguisse. A este rótulo estamos associando uma crença, um julgamento e um sentimento. Ao rotularmos uma pessoa, estamos limitando-a tão somente ao que achamos dela e assim passamos a vê-la.
Um dos problemas dos rótulos é que você diz a uma pessoa que ela é aquilo e desiste dela, e pior, ainda, quando a própria pessoa aceita e desiste dela. Aí a pessoa se acomoda, se limita, aniquila o seu potencial. Ninguém tem o direito de limitar a infinita capacidade humana a um simples rótulo.
Vamos refletir! Considerando o seu desempenho, suas atitudes, seus resultados, como você é visto pelos outros ou quais os rótulos que você tem na sua família, no grupo de amigos, na organização? Dependendo do seu comportamento, do que você faz, como faz, você pode ter os rótulos de: competente, empreendedor, agregador, assertivo, decidido, líder, pontual... mas, pode também, ter os rótulos de: atrasado, incompetente, encrenqueiro, indeciso, desinteressado, lento, acomodado, roda presa ...
Nossas atitudes podem confirmar ou não o rótulos que assumimos consciente ou inconscientemente. Caso entendamos que o rótulo não é verdadeiro – que ótimo – podemos demonstrar através de ações, e somente através de ações, que o mesmo não corresponde à realidade e assim, gradativamente, nos libertamos dos rótulos autoimpostos ou que nos rotularam por interpretações e juízos equivocados aos quais  ficamos presos, limitados,  correspondendo a estas expectativas. É maravilhoso saber que somos competentes, capazes, habilidosos e, também, responsáveis, para mudar. Só depende de cada um de nós alterar os rótulos que fomos colecionando.

Podemos sim, nos libertarmos dos rótulos que assumimos ao longo de nossa vida, cujos resultados, atitudes, confirmam tal situação. A grande virada está em assumirmos como estratégia novos procedimentos, nova forma de comportamento, apresentar resultados diferentes que permitam interpretações diferentes, mudar paradigmas e buscar os que nos levam a sermos reconhecidos como colaboradores competentes, empreendedores, criativos, arrojados, habilidosos, proativos, solucionadores de problemas, decididos. Estes são os rótulos que as organizações buscam quando selecionam os colaboradores de hoje para serem parceiros nos desafios que o mundo moderno nos convida a encará-los amanhã.

"APADRINHAMENTO" NA INDICAÇÃO DE GESTORES


É preciso tirar a “venda dos olhos” e cada vez mais focar o paradigma da competência.

Com a crescente concorrência no mercado competitivo entre as organizações, a sobrevivência é assegurada, dentre outros fatores, por um corpo funcional preparado, competente e uma equipe coesa e produtiva. Assim, denominamos gestores preparados aqueles com excelente desempenho nas áreas de conhecimento, habilidades e atitudes, nas dimensões comportamental e técnica e capacitados para administrar. Por outro lado, conceituamos gestores despreparados aqueles com deficiência em uma ou mais áreas acima mencionadas.
Tem sido uma constante nas organizações a elaboração do Planejamento Estratégico, onde além da missão, visão definem também, entre outros itens, os valores que nortearão a conduta dos colaboradores na relação diária de trabalho visando a otimização de resultados e a satisfação da clientela. Ora, pesquisando os valores elencados no Planejamento Estratégico de algumas empresas observamos que os mais comuns são: conduta ética, imparcialidade, valorização das pessoas, transparência, credibilidade, valorização do capital humano, profissionalismo, compromisso com a instituição.
Porém, muitas vezes, apesar de terem sido elencados, dentre outros, os valores  mencionados acima não são devidamente aplicados, pois constatamos que em algumas organizações o “apadrinhamento” ainda se faz presente, principalmente na indicação de gestores e o pior, sem o devido e competente preparo. Com certeza, os malefícios para a empresa são enormes. Vejamos alguns deles:
- perde-se a confiança: abala um dos grandes pilares das relações quer com a empresa quer com as pessoas. Muitas vezes depois chamamos profissionais para proferirem palestras sobre Motivação... 
- perde-se a crença no cumprimento das normas: os critérios propagados passam a ser de “fachada”, permeando a descrença na “seriedade” do discurso com práticas contraditórias. Muitas vezes depois chamamos consultores para fazerem trabalhos de Reorganização Administrativa..
- dificulta o exercício da liderança: se o indicado não tem competência técnica e ou comportamental para conduzir pessoas, exercer o papel de líder fica bastante dificultado, pois acima de tudo ele precisa fazer por merecer para ser aceito e respeitado. Muitas vezes depois chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Liderança...
- compromete a possibilidade de formar uma Equipe de Alta Performance: o alicerce da formação da referida equipe tem como pilares a verdade, confiança, respeito... todos comprometidos. Face o despreparo do gestor, torna-se impossível aproveitar o potencial dos liderados. Muitas vezes depois chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Relacionamento Interpessoal...
- perde qualidade e quantidade nos resultados: sem o devido preparo fica difícil impor--se diante do grupo, orientar e convergir esforços para otimização dos resultados. Muitas vezes depois chamamos consultores para fazerem trabalhos de Melhoria de Processo de Trabalho...
- compromete os resultados da empresa: como a empresa atua como um sistema, a deficiência apresentada em um subsistema compromete a empresa como um todo. Muitas vezes chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Gestão Estratégica...
Como podemos observar essa prática só prejudica e onera toda e qualquer organização, solapando os diversos subsistemas do processo administrativo e comprometendo a efetividade da empresa.

É preciso tirar a “venda dos olhos” e cada vez mais focar no paradigma da competência. Privilegiarmos os mais preparados, competentes com potencial para empreenderem e liderarem, fazendo uso de processo transparente com regras claras, precisas, objetivas e avaliações consistentes e confiáveis. Dessa forma é possível que a escolha do profissional a gerir qualquer componente administrativo da empresa recaia sobre aquele que detenha competência técnica e comportamental, focado em gerir pessoas e contribua para que a empresa consiga melhores resultados, sempre.