quarta-feira, 2 de novembro de 2011

“LEVANTA-TE E ANDA.” TENHA FÉ. FAÇA ACONTECER!



Como diz Albert Einstein “Nada acontece até que algo se mova”. Tal afirmação aplica-se a todos os aspectos da vida. É preciso acreditar, ter fé, acreditar em si, sair da zona de conforto, mover-se. Dessa forma acontece a química da  ação.
A ação é o ponto de partida de todo caminhar, processo, progresso. É o trabalho, a transformação de um pensamento em algo concreto. Os sonhos, as ideias são necessárias, contudo, a concretização se dá pela ação. A ação é o que dá movimento, cria a realidade. Implica em colocar energia com foco, isto é, fazer acontecer.
A regra básica da ação é: dê o primeiro passo, depois o segundo e assim os demais. A química da ação está em fazer algo, agora. Começar fazer!  Ao constatar o resultado adequado da ação, atingiu o alvo. Ótimo. Parabéns. Contudo, ao verificar que foi inadequado ou está errado, não atingiu o esperado, então faça de outra maneira, mas faça, não desista! Refaça tantas vezes quantas forem necessárias, até acertar. 
Dois tipos de paradigmas de ação orientam os resultados do dia a dia. Um deles é a proação, isto é, realiza, faz acontecer, responde, se coloca na ofensiva, apresenta resultado. A proatividade é a capacidade de se antecipar aos acontecimentos. É a atitude daquele que não tem medo de mexer no time que está ganhando. A pessoa proativa toma iniciativa para realizar alguma tarefa antes de que seja cobrada por isso ou que outro perceba a necessidade e a faça. Duas outras características importantes são: responsabilidade e consistência. Age com o cuidado necessário e no tempo certo, com atitudes apropriadas, firmes, adequadas à realidade. Transforma desafios em oportunidades para crescer e se desenvolver. Está no controle das coisas, é o criador de novas situações. “Um pai avistou um copo à beira de uma mesa e viu seus filhos brincando em volta. Foi lá e retirou o copo. As crianças continuaram brincando felizes.” Agiu. Antecipou-se a possíveis situações não desejadas.
 O outro paradigma é o da reação, isto é, funciona segundo estímulos externos, passa a ser o efeito e não a causa, se coloca na defensiva e responde quando demandado. Espera os problemas acontecerem para tomar uma decisão ou atitude. “Um pai avistou um copo à beira de uma mesa e viu seus filhos brincando em volta. O pai não fez nada. As crianças, no corre-corre, derrubaram o copo e cacos de vidros se espalharam pela sala. Felizmente ninguém se machucou. O pai saiu às pressas recolhendo os cacos de vidro caídos no chão.” Reagiu. Atuou depois do ocorrido.
Diante do relato dos conceitos acima, vamos fazer um minuto de reflexão e responder à pergunta: como me comporto em relação a esses dois paradigmas? A maioria das minhas atitudes são mais próximas de pessoa proativa ou reativa? Não existe certo ou errado, melhor ou pior. O propósito é tomar consciência. Conhecer-se um pouco mais e entender que, como comportamento, as escolhas são próprias. Deve-se continuar a ação rotineira, receber o que recebe ou almejar coisas diferentes? Para o segundo caso é necessário, obviamente ,escolher fazer coisas diferentes que resultem em ações também diferentes. . 
Cabe o registro que não importa se está bem preparado, é inteligente e tem contatos ou toda a técnica do mundo – os resultados obtidos dependerão exclusivamente das ações que desempenhar. Pensamento e foco positivos vão apontar  o caminho certo, mas é o esforço e a vontade de vencer,  a energia despendida, o mover-se, o agir,  que vão levá-lo onde quer chegar. Assim, se deseja atingir o topo e que o sonho se transforme em realidade  é preciso se levantar da cadeira e começar a escalada. É absolutamente necessário que dê o primeiro passo e continue até que seu objetivo seja atingido. Há capacidade, potencial e desejo para isso. Agora, só falta levantar, ter coragem, disciplina, determinação, agir e caminhar passo a passo, até atingir o topo.
Para ilustrar o exposto reflita sobre a parábola a seguir.
"Um homem estava ilhado em cima de sua casa decorrente de uma enchente que estava acontecendo em sua cidade. A força da correnteza o impedia de descer para fugir nadando. Esse homem era um fervoroso cristão que considerava sua fé inabalável e ao ver que poderia morrer ali suplicou:
- Deus salva-me dessa enchente, salva minha vida Senhor.
Duas horas de espera a água já estava subindo com uma velocidade impressionante, foi quando esse homem avistou um barco vindo em sua direção, o piloto do barco gritou:
- Pule, que vou te salvar.
O homem que estava em cima da casa gritou:
- Não! Deus vai me salvar.
O piloto do barco tentou argumentar algum tempo mas avistou mais gente necessitando de ajuda e acabou partindo tendo que deixar esse homem em cima da casa. Mais um tempo depois chega um helicóptero que plana sobre a casa desse homem e o salva-vidas no helicóptero grita:
- Segure essa corda que vou te salvar!
E mais uma vez convicto de que seria salvo por Deus ele respondeu:
- Não! Deus irá me salvar.
E mais uma vez notando que perdia tempo ali o helicóptero teve que partir.
Após algum tempo em cima da casa o homem acabou morrendo. Chegando ao céu procurou a Deus e lhe perguntou:
- Senhor, sempre fui fiel, sempre me dediquei a palavra e quando mais preciso de ti acabo morrendo, porque deixastes, Senhor?
E Deus responde:
- Filho, tanto ouvi o que pedistes que mandei um barco e um helicóptero para te salvar."

VOCÊ É ASSERTIVO?


Ao longo dos anos de trabalho, como consultor, deparei muitas vezes com propostas para a realização de reorganização administrativa, melhoria de processos de trabalho, reavaliação do contingente de talentos humanos etc., e, muitas vezes, mas muitas vezes mesmo, o problema não era nada disso. Após o levantamento de dados o diagnóstico apontava para um problema de ordem comportamental. E, quando o foco é relacional, existe um tabu, uma tendência em mascarar o problema, não se quer tocar no assunto. “Deixa-se como está para ver como é que fica.”
Estamos nos relacionando o tempo todo. Vejamos algumas situações do nosso cotidiano:
- Quando seu colega de trabalho pede algo emprestado, você se sente constrangido em negar o pedido e disfarçando sua pouca vontade cede à solicitação, emprestando-o. E, certamente, você não estará tranqüilo até a devolução. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento inassertivo passivo. Isto é, a pessoa falha na expressão das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões. A própria pessoa é a primeira a violar os seus direitos, acaba por dar ao outro a permissão para, também ele, o fazer. Está sempre fazendo o que os outros querem. Tem medo de magoar e afastar as pessoas que gosta. Seu propósito é servir, abdicar de seus interesses.
- Quando seu chefe não cumpre com o que vocês combinaram sobre a dispensa do trabalho na véspera de um feriado, você se sente na obrigação de se defender e parte, sem “pestanejar”, para o enfrentamento com decidida irritação. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento inassertivo agressivo. Isto é, a pessoa expressa as suas necessidades, emoções e opiniões, mas de uma forma que é hostil, exigente, autoritária, ameaçadora ou punitiva para o outro.Quer se impor e ganhar sempre, a qualquer custo.
- Quando você solicita ao seu colega que faça determinado trabalho, você arruma justificativas infundadas, usa de subterfúgios, relata situação para que o outro sinta “pena” de você. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento inassertivo manipulativo. Isto é, a pessoa joga com os sentimentos e opiniões do outro, usando ironia, sarcasmo, comunicação indireta, vitimização, de modo a levá-lo a concordar com o próprio.
- Quando seu subordinado lhe pede para ser dispensado mais cedo do trabalho, você o ouve, deixa-o expor suas justificativas, dialoga sobre as alternativas de compensações, negociam alternativas que sejam de benefício para a empresa, para você e para ele. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento assertivo. Isto é, a pessoa expressa pensamentos, sentimentos e crenças de forma honesta, direta e apropriada, sem violar os direitos da outra pessoa.  
Conforme observamos, tais relatos implicam em respostas e dependendo das mesmas, se o processo for se repetindo, vamos criando o hábito e depois, com a freqüência das respostas, passamos a desempenhar um comportamento. Não temos o objetivo de julgar nada, nem ninguém, apenas o de relatar o que acontece nas nossas relações e, na maioria das vezes, não as percebemos, não nos damos conta do tipo de comportamento que praticamos com mais freqüência.
Em muitas organizações os tipos de comportamento dos gerentes e colaboradores podem estar dificultando todo o processo de integração entre as pessoas e a dinâmica do trabalho.
É importante salientar, ainda, que podemos ter um comportamento dominante em quase todos os ambientes onde atuamos, ou, termos um estilo diferente em cada ambiente, isto é, na família, escola, trabalho, igreja, clube etc. Não existe certo ou errado, nem regra, existe sim uma conduta que se repete. O importante é constatar qual o seu tipo de comportamento dominante e, a partir daí, você decide se quer mantê-lo ou alterá-lo.
Façamos uma parada. Vamos analisar nossas atitudes no dia-a-dia no ambiente de trabalho?
Qual a postura dominante? Pense, analise...conclua. Ótimo.
Com base na descoberta do meu tipo dominante de comportamento posso entender agora, entre outros aspectos, por que minha atitude nas reuniões é de:“entrar mudo e sair calado”, não me expor, falar pouco ou quase nada, concordar sempre com os outros, eles sempre tem idéias melhores do que a minha. Ou então, crio encrenca sempre, estou sempre gerando confronto, atrito, discussão, as minhas idéias são as melhores, faço-as prevalecer. Ou então, manipulo os outros, me faço de vítima,  chantageio explícita ou implicitamente. Ou então, procuro ouvir os outros, acato a opinião das pessoas, exponho as minhas idéias e desejos, busco o consenso, a conciliação, acolho e agrego as idéias interessantes dos colegas ao assunto abordado, busco a melhor solução para o grupo.
Muitas vezes não nos percebemos acomodados, submissos; agressivos, autoritários; manipulador, chantagista. Estude-se um pouco mais. Esteja atento as suas atitudes, a freqüência que elas repetem. Conheça-se um pouco mais e qualificará seu relacionamento em qualquer contexto
Conhecendo meu tipo de comportamento, entendo muitos aspectos da minha relação com o outro.
Diante de acontecimentos do dia-a-dia, antes de ser reativo, tomar a atitude que você está habituado,  condicionado. Pare! Analise! Pense! Reflita! Isso é o que nos torna diferente dos animais – pensamos -, e, podemos sim, escolher a melhor resposta sendo assertivo, direto, verdadeiro, franco, falando o que precisa ser dito para quem precisa ouvir, no momento exato.
Ser assertivo é benéfico para a pessoa e para os indivíduos com os quais nos relacionamos. É sabido, também, que a única atitude sustentável a longo prazo é a assertividade...as outras estão fadadas ao comprometimento da relação, visto serem situações em que mais cedo ou mais tarde, uma das partes não agüenta mais.    
O comportamento assertivo disseminado na empresa é um dos fatores a contribuir para que nos entendamos melhor, estejamos focados nos objetivos e convergirmos tempo e energia em benefício dos resultados desejados.