quarta-feira, 2 de novembro de 2011

“LEVANTA-TE E ANDA.” TENHA FÉ. FAÇA ACONTECER!



Como diz Albert Einstein “Nada acontece até que algo se mova”. Tal afirmação aplica-se a todos os aspectos da vida. É preciso acreditar, ter fé, acreditar em si, sair da zona de conforto, mover-se. Dessa forma acontece a química da  ação.
A ação é o ponto de partida de todo caminhar, processo, progresso. É o trabalho, a transformação de um pensamento em algo concreto. Os sonhos, as ideias são necessárias, contudo, a concretização se dá pela ação. A ação é o que dá movimento, cria a realidade. Implica em colocar energia com foco, isto é, fazer acontecer.
A regra básica da ação é: dê o primeiro passo, depois o segundo e assim os demais. A química da ação está em fazer algo, agora. Começar fazer!  Ao constatar o resultado adequado da ação, atingiu o alvo. Ótimo. Parabéns. Contudo, ao verificar que foi inadequado ou está errado, não atingiu o esperado, então faça de outra maneira, mas faça, não desista! Refaça tantas vezes quantas forem necessárias, até acertar. 
Dois tipos de paradigmas de ação orientam os resultados do dia a dia. Um deles é a proação, isto é, realiza, faz acontecer, responde, se coloca na ofensiva, apresenta resultado. A proatividade é a capacidade de se antecipar aos acontecimentos. É a atitude daquele que não tem medo de mexer no time que está ganhando. A pessoa proativa toma iniciativa para realizar alguma tarefa antes de que seja cobrada por isso ou que outro perceba a necessidade e a faça. Duas outras características importantes são: responsabilidade e consistência. Age com o cuidado necessário e no tempo certo, com atitudes apropriadas, firmes, adequadas à realidade. Transforma desafios em oportunidades para crescer e se desenvolver. Está no controle das coisas, é o criador de novas situações. “Um pai avistou um copo à beira de uma mesa e viu seus filhos brincando em volta. Foi lá e retirou o copo. As crianças continuaram brincando felizes.” Agiu. Antecipou-se a possíveis situações não desejadas.
 O outro paradigma é o da reação, isto é, funciona segundo estímulos externos, passa a ser o efeito e não a causa, se coloca na defensiva e responde quando demandado. Espera os problemas acontecerem para tomar uma decisão ou atitude. “Um pai avistou um copo à beira de uma mesa e viu seus filhos brincando em volta. O pai não fez nada. As crianças, no corre-corre, derrubaram o copo e cacos de vidros se espalharam pela sala. Felizmente ninguém se machucou. O pai saiu às pressas recolhendo os cacos de vidro caídos no chão.” Reagiu. Atuou depois do ocorrido.
Diante do relato dos conceitos acima, vamos fazer um minuto de reflexão e responder à pergunta: como me comporto em relação a esses dois paradigmas? A maioria das minhas atitudes são mais próximas de pessoa proativa ou reativa? Não existe certo ou errado, melhor ou pior. O propósito é tomar consciência. Conhecer-se um pouco mais e entender que, como comportamento, as escolhas são próprias. Deve-se continuar a ação rotineira, receber o que recebe ou almejar coisas diferentes? Para o segundo caso é necessário, obviamente ,escolher fazer coisas diferentes que resultem em ações também diferentes. . 
Cabe o registro que não importa se está bem preparado, é inteligente e tem contatos ou toda a técnica do mundo – os resultados obtidos dependerão exclusivamente das ações que desempenhar. Pensamento e foco positivos vão apontar  o caminho certo, mas é o esforço e a vontade de vencer,  a energia despendida, o mover-se, o agir,  que vão levá-lo onde quer chegar. Assim, se deseja atingir o topo e que o sonho se transforme em realidade  é preciso se levantar da cadeira e começar a escalada. É absolutamente necessário que dê o primeiro passo e continue até que seu objetivo seja atingido. Há capacidade, potencial e desejo para isso. Agora, só falta levantar, ter coragem, disciplina, determinação, agir e caminhar passo a passo, até atingir o topo.
Para ilustrar o exposto reflita sobre a parábola a seguir.
"Um homem estava ilhado em cima de sua casa decorrente de uma enchente que estava acontecendo em sua cidade. A força da correnteza o impedia de descer para fugir nadando. Esse homem era um fervoroso cristão que considerava sua fé inabalável e ao ver que poderia morrer ali suplicou:
- Deus salva-me dessa enchente, salva minha vida Senhor.
Duas horas de espera a água já estava subindo com uma velocidade impressionante, foi quando esse homem avistou um barco vindo em sua direção, o piloto do barco gritou:
- Pule, que vou te salvar.
O homem que estava em cima da casa gritou:
- Não! Deus vai me salvar.
O piloto do barco tentou argumentar algum tempo mas avistou mais gente necessitando de ajuda e acabou partindo tendo que deixar esse homem em cima da casa. Mais um tempo depois chega um helicóptero que plana sobre a casa desse homem e o salva-vidas no helicóptero grita:
- Segure essa corda que vou te salvar!
E mais uma vez convicto de que seria salvo por Deus ele respondeu:
- Não! Deus irá me salvar.
E mais uma vez notando que perdia tempo ali o helicóptero teve que partir.
Após algum tempo em cima da casa o homem acabou morrendo. Chegando ao céu procurou a Deus e lhe perguntou:
- Senhor, sempre fui fiel, sempre me dediquei a palavra e quando mais preciso de ti acabo morrendo, porque deixastes, Senhor?
E Deus responde:
- Filho, tanto ouvi o que pedistes que mandei um barco e um helicóptero para te salvar."

VOCÊ É ASSERTIVO?


Ao longo dos anos de trabalho, como consultor, deparei muitas vezes com propostas para a realização de reorganização administrativa, melhoria de processos de trabalho, reavaliação do contingente de talentos humanos etc., e, muitas vezes, mas muitas vezes mesmo, o problema não era nada disso. Após o levantamento de dados o diagnóstico apontava para um problema de ordem comportamental. E, quando o foco é relacional, existe um tabu, uma tendência em mascarar o problema, não se quer tocar no assunto. “Deixa-se como está para ver como é que fica.”
Estamos nos relacionando o tempo todo. Vejamos algumas situações do nosso cotidiano:
- Quando seu colega de trabalho pede algo emprestado, você se sente constrangido em negar o pedido e disfarçando sua pouca vontade cede à solicitação, emprestando-o. E, certamente, você não estará tranqüilo até a devolução. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento inassertivo passivo. Isto é, a pessoa falha na expressão das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões. A própria pessoa é a primeira a violar os seus direitos, acaba por dar ao outro a permissão para, também ele, o fazer. Está sempre fazendo o que os outros querem. Tem medo de magoar e afastar as pessoas que gosta. Seu propósito é servir, abdicar de seus interesses.
- Quando seu chefe não cumpre com o que vocês combinaram sobre a dispensa do trabalho na véspera de um feriado, você se sente na obrigação de se defender e parte, sem “pestanejar”, para o enfrentamento com decidida irritação. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento inassertivo agressivo. Isto é, a pessoa expressa as suas necessidades, emoções e opiniões, mas de uma forma que é hostil, exigente, autoritária, ameaçadora ou punitiva para o outro.Quer se impor e ganhar sempre, a qualquer custo.
- Quando você solicita ao seu colega que faça determinado trabalho, você arruma justificativas infundadas, usa de subterfúgios, relata situação para que o outro sinta “pena” de você. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento inassertivo manipulativo. Isto é, a pessoa joga com os sentimentos e opiniões do outro, usando ironia, sarcasmo, comunicação indireta, vitimização, de modo a levá-lo a concordar com o próprio.
- Quando seu subordinado lhe pede para ser dispensado mais cedo do trabalho, você o ouve, deixa-o expor suas justificativas, dialoga sobre as alternativas de compensações, negociam alternativas que sejam de benefício para a empresa, para você e para ele. Esse tipo de resposta denota um indivíduo com comportamento assertivo. Isto é, a pessoa expressa pensamentos, sentimentos e crenças de forma honesta, direta e apropriada, sem violar os direitos da outra pessoa.  
Conforme observamos, tais relatos implicam em respostas e dependendo das mesmas, se o processo for se repetindo, vamos criando o hábito e depois, com a freqüência das respostas, passamos a desempenhar um comportamento. Não temos o objetivo de julgar nada, nem ninguém, apenas o de relatar o que acontece nas nossas relações e, na maioria das vezes, não as percebemos, não nos damos conta do tipo de comportamento que praticamos com mais freqüência.
Em muitas organizações os tipos de comportamento dos gerentes e colaboradores podem estar dificultando todo o processo de integração entre as pessoas e a dinâmica do trabalho.
É importante salientar, ainda, que podemos ter um comportamento dominante em quase todos os ambientes onde atuamos, ou, termos um estilo diferente em cada ambiente, isto é, na família, escola, trabalho, igreja, clube etc. Não existe certo ou errado, nem regra, existe sim uma conduta que se repete. O importante é constatar qual o seu tipo de comportamento dominante e, a partir daí, você decide se quer mantê-lo ou alterá-lo.
Façamos uma parada. Vamos analisar nossas atitudes no dia-a-dia no ambiente de trabalho?
Qual a postura dominante? Pense, analise...conclua. Ótimo.
Com base na descoberta do meu tipo dominante de comportamento posso entender agora, entre outros aspectos, por que minha atitude nas reuniões é de:“entrar mudo e sair calado”, não me expor, falar pouco ou quase nada, concordar sempre com os outros, eles sempre tem idéias melhores do que a minha. Ou então, crio encrenca sempre, estou sempre gerando confronto, atrito, discussão, as minhas idéias são as melhores, faço-as prevalecer. Ou então, manipulo os outros, me faço de vítima,  chantageio explícita ou implicitamente. Ou então, procuro ouvir os outros, acato a opinião das pessoas, exponho as minhas idéias e desejos, busco o consenso, a conciliação, acolho e agrego as idéias interessantes dos colegas ao assunto abordado, busco a melhor solução para o grupo.
Muitas vezes não nos percebemos acomodados, submissos; agressivos, autoritários; manipulador, chantagista. Estude-se um pouco mais. Esteja atento as suas atitudes, a freqüência que elas repetem. Conheça-se um pouco mais e qualificará seu relacionamento em qualquer contexto
Conhecendo meu tipo de comportamento, entendo muitos aspectos da minha relação com o outro.
Diante de acontecimentos do dia-a-dia, antes de ser reativo, tomar a atitude que você está habituado,  condicionado. Pare! Analise! Pense! Reflita! Isso é o que nos torna diferente dos animais – pensamos -, e, podemos sim, escolher a melhor resposta sendo assertivo, direto, verdadeiro, franco, falando o que precisa ser dito para quem precisa ouvir, no momento exato.
Ser assertivo é benéfico para a pessoa e para os indivíduos com os quais nos relacionamos. É sabido, também, que a única atitude sustentável a longo prazo é a assertividade...as outras estão fadadas ao comprometimento da relação, visto serem situações em que mais cedo ou mais tarde, uma das partes não agüenta mais.    
O comportamento assertivo disseminado na empresa é um dos fatores a contribuir para que nos entendamos melhor, estejamos focados nos objetivos e convergirmos tempo e energia em benefício dos resultados desejados.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ESCOLHER É PRECISO


Costumo dizer sempre em minhas palestras que, depois da saúde, o melhor bem que Deus nos deu foi o poder de escolha sobre as ações. Poder escolher faz de nós seres livres. É como cada um cria a sua realidade. Compõe a sua estória.
Escolher consiste em optar por uma alternativa, dentre outras. As escolhas implicam sempre em ganhos e perdas. Por mais difícil que algumas coisas pareçam, sempre se tem a opção de escolher e um preço a pagar.  Ocorre que, muitas vezes não estamos dispostos a pagar o preço e assim mantemos nossa vida do mesmo jeito - não escolhemos – e atribuímos ao destino mazelas da vida.
Toda e qualquer escolha tem conseqüência, portanto, é preciso saber escolher muito bem, pois a nossa vida hoje é fruto das escolhas feitas ontem. As nossas escolhas hoje terão consequências no nosso amanhã. Cada um de nós tem o controle e é o único responsável pelas escolhas, e o mais importante - caso não esteja satisfeito com a situação atual - tem a oportunidade de fazer, a partir de agora, coisas diferentes que trarão resultados diferentes dos que tem obtido. Isso é uma dádiva!
É uma maravilha poder hoje, ao acordar, escolher ter um dia de alegria, de paz, de realizações e saber encarar as dificuldades e situações de desafios, buscando alternativas para encontrar soluções. Posso, também, ao despertar, chutar o pé da cama, ficar bravo, irritado E logo imagino que vou ter um dia ruim, que nada vai dar certo, e assim escolho ter um dia complicado, pois logo cedo me preparo, consciente ou inconscientemente para ter um dia problemático. Posso, também, ao levantar, não pensar em nada, tipo “deixo a vida me levar”, não escolho nada, o que vier é lucro.
Dessa forma, em função da freqüência da repetição de comportamentos, formamos nossos paradigmas. Quanto às escolhas, temos três paradigmas marcantes resultantes do nosso comportamento: eu escolho, sou escolhido e fico com as sobras.
O paradigma do Eu Escolho consiste em escolher atuar como artista principal da sua estória de vida. Decide seu caminho. Tem objetivos. Sabe o que quer, quando quer, como vai fazer para conseguir e faz acontecer. Se não der certo, entende que é uma possibilidade, não desiste, reinicia o processo, recria alternativa e assim faz até conseguir o que deseja. É uma pessoa programada, realizada, de sucesso.
No contexto administrativo o indivíduo que tem como determinante o paradigma do Eu Escolho tem iniciativa, é proativo, determinado, decidido, focado, assertivo, articulador, criativo, ousado, arrojado, agregador, empreendedor, assume responsabilidades, tem espírito crítico construtivo, está sempre agregando valor às relações com os colegas e no trabalho. Tem espírito de liderança e geralmente assume função de direção. Tem o planejamento como um instrumento valioso. Sabe definir suas prioridades. É organizado e age para conseguir resultados qualitativos.
O paradigma do Sou Escolhido consiste em escolher atuar como artista coadjuvante da sua estória de vida. Delega aos outros a decisão das suas escolhas, isto é, abdica da opção daquilo que se quer e, portanto, escolhe que os outros escolham por si. Não sabe tomar em suas mãos as rédeas da vida, então as deposita em mãos alheias. Caso fracasse, fica fácil achar um culpado. Aguarda ser chamado, ser convidado. Espera o outro tomar iniciativa. Permite ser escolhido e depois lamenta pelas consequências, como se nada pudesse ter sido feito.   
No contexto administrativo o indivíduo que tem como determinante o paradigma do Sou Escolhido aguarda ser acionado, espera que atribuem serviços e só faz o que passam. É sempre mandado e a relação de submissão lhe agrada. É reativo. Não gosta de assumir responsabilidades e nem desafios. Conservador, mantenedor, adapta-se aos serviços rotineiros, simples, repetitivos. Prefere ser liderado e,  geralmente, não ocupa função de direção. Adapta-se à função de assessoria, onde sugere, aconselha, orienta, não decide.            
O paradigma de Ficar com as Sobras consiste em escolher atuar como artista figurante da sua estória de vida. Qualquer coisa serve. Conforma-se com o que restar. Não se posiciona, não se envolve com nada, não se faz presente. O que acontecer está ótimo. Acomodado, lento, moroso, apático. Coloca-se no papel de vítima. Atribui ao destino o infortúnio que lhe assola.
No contexto administrativo o indivíduo que tem como determinante o paradigma de Ficar com as Sobras tem uma postura de indiferença. Está sempre alheio, ausente, desligado, desinteressado. Não entrosa, não integra. Sentimento de não pertencer à equipe. Poucas expectativas. Faz o básico, trivial, elementar. Prefere ser comandado, portanto, não aspira postos de direção. Adapta-se à função de apoio, onde auxilia, ajuda. Posição de “aguardando a aposentadoria” - independente do tempo de serviço que falta para aposentar-.
O importante do tomar consciência da existência desses paradigmas é saber que não são congênitos, isto é, ninguém nasce com eles, são atitudes que foram sendo praticadas repetidamente e incorporadas ao nosso comportamento. Contudo, o mais fantástico é saber que podemos escolher e decidir mudar agora. Podemos escolher novas atitudes, desenvolver novos comportamentos e reaprender novos paradigmas.
Agora que reavivamos esse conhecimento, é uma questão de escolha. Sabemos que escolher é, antes de tudo, renunciar. Como toda renúncia tem seu preço, podemos escolher pagar o preço para continuar do jeito que estamos e mantemos os nossos comportamentos condizentes com o paradigma dominante, ou escolher pagar o preço para mudar e desenvolvemos novos comportamentos condizentes com o  paradigma escolhido. A escolha é de competência e responsabilidade de cada um de nós.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

VOCÊ É LÍDER OU LIDERADO?




Relembremos um pouco nossa infância... Como você se comportava em casa com seus pais e irmãos, na escola, nas brincadeiras infantis? Você já dava ordens? Coordenava o grupo? Ditava as regras do jogo? Estava sempre rodeado de coleguinhas? Os coleguinhas iam sempre procurá-lo? Ou você ficava aguardando os outros ditarem as normas? Obedecia o que os outros determinavam? Ficava aguardando a posição dos demais?  Preferia seguir os outros?
Com base nas respostas às perguntas acima obtemos dados que permitem concluir se nos dias atuais sou mais ativo, proativo, determinado, decidido, atuante, consigo influenciar pessoas, ou se sou mais passivo, reativo, acomodado, aguardando a orientação dos outros.
Ao longo de nossas vidas, mediante nossas atitudes, fomos adquirindo, consciente ou inconscientemente, comportamentos que nos tornaram hoje uma pessoa com características próprias de um líder ou de um liderado. A escolha de ontem determinou nosso comportamento hoje. A manutenção ou a reformulação de nossas atitudes hoje continuará determinando nosso comportamento amanhã.
Você se considera uma pessoa com características de líder ou de liderado? Pode ser que em determinadas situações ou contextos como no trabalho, no esporte, no grupo de amigos agimos de uma forma, na família, na escola, etc., de outra. Ora líder, ora liderado. Ou com atuações marcantes para liderar ou ser liderado em todas as situações ou ambientes. Não existe melhor ou pior, certo ou errado, e sim, tomar consciência do papel que vivemos e sabendo que temos o poder da escolha, de mantermos nossas atitudes ou alterá-las, se assim desejarmos.
É importante ressaltar que o processo de liderança começa em mim.
Como conduzo minha liderança? Eu sou líder de mim mesmo? Eu sou uma pessoa que tenho metas, propósitos, objetivos? Sou decidido, firme, determinado, paciente, ousado, obstinado, criativo? Conheço o meu potencial e o canalizo para o foco determinado? Exercito com competência o poder da escolha? Ajo, faço acontecer e assumo com responsabilidade as conseqüências dos meus atos? Sou ético, ajo fundamentado em valores de respeito e dignidade? Valorizo e busco o desenvolvimento do outro? As respostas afirmativas às perguntas acima cria um clima propício para que eu aja como um líder.
Uma vez que tenho excelente desempenho como líder de mim mesmo, necessito de outras características para exercer a liderança com outras pessoas, sendo requisito essencial a competência para exercer o poder da influência e da persuasão.
A liderança é exercida e seguida pelo exemplo, não apenas pelo discurso. Em função da postura, dos valores, das crenças, das atitudes, das ações, do respeito e confiança que se tem com as pessoas um líder vai ser formando. Um líder acontece pelos seus exemplos e a partir daí passa a exercer influência sobre os liderados e conseguir através da competência e da persuasão explorar o potencial de cada liderado e ajudá-lo a crescer, a desenvolver . Só cresceremos se conseguirmos desenvolver líderes em todos os níveis. O líder cerca-se de pessoas melhores do que ele. Forma outros líderes, sem medo de ser superado por eles. Ensina a encarar o trabalho como um prazer, e não como uma obrigação. Procura levar cada indivíduo a se conhecer para descobrir seu foco, seu potencial, o local certo onde possa se realizar como pessoa e como profissional. O bom líder deve procurar incentivar que os seus liderados dêem o melhor de si em cada situação, e não ficar tentando ser melhor que os outros.
O carisma é um atributo necessário, não suficiente. Outra qualidade de um líder é não ter medo de fracasso. O líder de verdade sabe usar eventuais quedas para se reinventar no momento seguinte. Trata-se de uma sabedoria que se adquire no fazer, caminhando..
Nas nossas empresas os organogramas contemplam os órgãos que a compõe com os respectivos cargos de chefia. Surgem então os chefes, os gerentes que são formalmente constituídos, mas serão líderes? Não necessariamente. É preciso se perguntar se estamos formando gerentes eficientes ao invés de líderes eficazes. É preciso reinventar a empresa, dotando-a de líderes mais adequados para a nova realidade do mundo em que vivemos: competitivo, ágil, com mudanças rápidas, tecnologias revolucionárias, colaboradores criativos, ousados, preparados. Precisamos nos reinventar, a cada instante, sermos dinâmicos, para competir melhor e mantermo-nos vivos e atuantes no mercado. Mas, muitas vezes, ainda, educamos uma geração de acomodados, de pessoas que têm medo de arriscar opiniões, que têm medo de errar, que têm preguiça de inovar  e levamos as nossas empresas à estagnação, com sério risco de ficarem ultrapassadas, obsoletas e entrarem em entropia, irem à falência.
Nós damos o significado para o que acontece em nossa vida.  Nós é que decidimos o que queremos para ela. A escolha de ser um líder é pessoal. Se você quiser e decidir ser um líder, pode transformar sua vida. Não se trata simplesmente de escolher. É um processo educativo que passa pelo conhecimento, muita informação, requer treino, muito treino, paciência, persistência, perseverança, aprendizado para conquistar habilidades e agir, ter atitudes condizentes com o que desejamos. E, para tanto, é preciso estar bem motivado, interessado, entusiasmado, focado para conseguir o que se deseja.
Seja líder de você mesmo para conseguir o que deseja e propiciar condições para o crescimento e o desenvolvimento de seus filhos, familiares, amigos, colaboradores, para termos uma família, uma escola, uma empresa, um país bem melhor, mais organizado, desenvolvido, com pessoas felizes, realizadas e produtivas.

João Paulino Quartarola



segunda-feira, 25 de abril de 2011

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA




A dinâmica das organizações exige que a ação de delegar seja uma constante para a ampliação, crescimento, expansão e desenvolvimento de qualquer empresa. Deixou de ser uma opção. É uma exigência para garantir sobrevivência em um mercado cada dia mais complexo, competitivo, qualificado, globalizado.
Delegar consiste no processo de legar a alguém autoridade e atribuições para que algo seja executado. São celebrados acordos eficazes de trabalho entre o superior e a pessoa que trabalha com e para ele. Consiste pois, no desempenho de um trabalho específico que se confia a outras pessoas cujos resultados esperados são mutuamente entendidos.
O elemento fundamental do processo de delegação é a confiança.
Pense, reflita, analise: onde você chegou na sua empresa? Qual o cargo que ocupa hoje? Quando você chegou não sabia nada. É possível que, no início, até tenha sido hostilizado, deixado de lado, marginalizado, esquecido, não lhe dado crédito. Mas você foi à luta. Confiou em si. Demonstrou ser uma pessoa confiável, respondia com competência às tarefas atribuídas. Assim, gradativamente, foram lhe atribuindo mais e mais tarefas e vários cargos conquistando. Isso só foi possível porque confiaram em você. Educaram você. Investiram em você. Acreditaram em você. Deram-lhe oportunidades e você buscando o conhecimento sempre, foi desenvolvendo suas habilidades e competências. Foi apresentando resultados.  Tornou-se um profissional confiável, competente e habilidoso que desempenhava e desempenha, suas atribuições com muita responsabilidade e qualidade, satisfazendo seus clientes.
            E, hoje, você faz o mesmo? Repete o ciclo? Aproveita o potencial das pessoas que estão sob sua orientação e gestão? Possibilita que os seus colaboradores desenvolvam seu processo educativo? Prepara substitutos para darem continuidade ao processo de aprimoramento dos negócios da empresa? Forma profissionais competentes? Tudo isso só será possível se, soubermos também,  fazer uso do princípio de administração denominado Delegação de Competência. É preciso delegar para crescer. É preciso delegar para desenvolver. É preciso delegar para sobreviver,  competir,  produzir mais e melhor, sempre. 
Muitas vezes assistimos situações onde as pessoas “brincam” de delegar. Isto é, mandam a tarefa, mas não o poder para decidir. E o que se verifica é o retrabalho. É o que denominamos de desconcentração. Grande engodo. Acontece muito em empresas que possuem representações regionais e a Sede detém o poder, centralizando todo o processo decisório, onerando os custos, cultuando a duplicidade de trabalho, a demora nas respostas aos clientes.
Outras vezes as pessoas simulam, camuflam uma situação de delegação, experimentam durante um período e concluem que não dá para delegar porque  as pessoas não entendem, elas não são capazes de fazer como descrevemos, cada um faz de um jeito, do seu jeito, etc. Na verdade o que acontece é que, quem tem o poder para fazer o ato de delegação precisa ter a competência técnica para normatizar.Isto é, precisa saber fazer. Pois, quando o procedimento é bem normatizado, orientado, explicado, qualquer cidadão normal, capaz, consegue executar, vide a Declaração de Imposto de Renda. Essas são algumas artimanhas comumente utilizadas para dizer que não dá para delegar. Na verdade é preciso assumir que não queremos delegar, porque “Só nós sabemos”, “Somos os bons”, “Somos o dono da bola” , ou realmente não temos habilidade e competência técnica para normatizar procedimentos afim de que os executantes realizam as tarefas de forma similar.
A palavra chave para o ato de delegar é confiar. Ao delegar você confia todo o assunto à outra pessoa, juntamente com a autoridade suficiente para ela tomar as decisões necessárias. Para aprender a confiar em alguém é preciso desenvolver um processo. É preciso treinar, ter paciência, persistência e perseverança. É preciso orientar, educar. É preciso, também,  ter a contrapartida dos resultados com qualidade.
            Um dos maiores exemplos que se tem de delegação de competência está em Gn 1, 27 -28, “Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou. Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a; dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que rastejam sobre a terra”. Deus confiou plenamente no homem.  Não disse: Você vai dominar a Europa e a Ásia, apenas, mas sim dominai a terra e, ainda, confiou ao Homem o poder de gerar, de criar um outro Ser Humano, multiplicai-vos, enchei a terra. Não delegou com limites, como fazemos. Você pode fazer pagamentos até R$-10.000,00. É sem dúvida o maior exemplo de delegação de competência que se tem na história da administração e também tinha como foco o progresso, o desenvolvimento, a vida. Quantas e quantas vezes estamos vendo atos de delegação mesquinhos. Muitas vezes brincamos de delegar. É preciso criar condições para que a responsabilidade floresça, afim de que possamos confiar cada vez mais nos parceiros de trabalho e levarmos nossa empresa a patamares mais elevados. Só assim seremos empresa de vanguarda, moderna, focada no desenvolvimento, na qualidade. O sucesso da nossa empresa depende do conhecimento e da atitude dos nossos gestores que precisam ser ousados, criativos, inovadores, empreendedores, decididos e com competência para tal. Só assim conseguiremos colocar nossa empresa na linha de frente, produzindo sempre mais e melhor com excelente aproveitamento dos recursos humanos, materiais, financeiros, tecnológicos. Encare esse desafio e permita que nossa empresa cresça juntamente com os colaboradores.     

João Paulino Quartarola
e-mail: jpquartarola@terra.com.br