segunda-feira, 30 de maio de 2011

VOCÊ É LÍDER OU LIDERADO?




Relembremos um pouco nossa infância... Como você se comportava em casa com seus pais e irmãos, na escola, nas brincadeiras infantis? Você já dava ordens? Coordenava o grupo? Ditava as regras do jogo? Estava sempre rodeado de coleguinhas? Os coleguinhas iam sempre procurá-lo? Ou você ficava aguardando os outros ditarem as normas? Obedecia o que os outros determinavam? Ficava aguardando a posição dos demais?  Preferia seguir os outros?
Com base nas respostas às perguntas acima obtemos dados que permitem concluir se nos dias atuais sou mais ativo, proativo, determinado, decidido, atuante, consigo influenciar pessoas, ou se sou mais passivo, reativo, acomodado, aguardando a orientação dos outros.
Ao longo de nossas vidas, mediante nossas atitudes, fomos adquirindo, consciente ou inconscientemente, comportamentos que nos tornaram hoje uma pessoa com características próprias de um líder ou de um liderado. A escolha de ontem determinou nosso comportamento hoje. A manutenção ou a reformulação de nossas atitudes hoje continuará determinando nosso comportamento amanhã.
Você se considera uma pessoa com características de líder ou de liderado? Pode ser que em determinadas situações ou contextos como no trabalho, no esporte, no grupo de amigos agimos de uma forma, na família, na escola, etc., de outra. Ora líder, ora liderado. Ou com atuações marcantes para liderar ou ser liderado em todas as situações ou ambientes. Não existe melhor ou pior, certo ou errado, e sim, tomar consciência do papel que vivemos e sabendo que temos o poder da escolha, de mantermos nossas atitudes ou alterá-las, se assim desejarmos.
É importante ressaltar que o processo de liderança começa em mim.
Como conduzo minha liderança? Eu sou líder de mim mesmo? Eu sou uma pessoa que tenho metas, propósitos, objetivos? Sou decidido, firme, determinado, paciente, ousado, obstinado, criativo? Conheço o meu potencial e o canalizo para o foco determinado? Exercito com competência o poder da escolha? Ajo, faço acontecer e assumo com responsabilidade as conseqüências dos meus atos? Sou ético, ajo fundamentado em valores de respeito e dignidade? Valorizo e busco o desenvolvimento do outro? As respostas afirmativas às perguntas acima cria um clima propício para que eu aja como um líder.
Uma vez que tenho excelente desempenho como líder de mim mesmo, necessito de outras características para exercer a liderança com outras pessoas, sendo requisito essencial a competência para exercer o poder da influência e da persuasão.
A liderança é exercida e seguida pelo exemplo, não apenas pelo discurso. Em função da postura, dos valores, das crenças, das atitudes, das ações, do respeito e confiança que se tem com as pessoas um líder vai ser formando. Um líder acontece pelos seus exemplos e a partir daí passa a exercer influência sobre os liderados e conseguir através da competência e da persuasão explorar o potencial de cada liderado e ajudá-lo a crescer, a desenvolver . Só cresceremos se conseguirmos desenvolver líderes em todos os níveis. O líder cerca-se de pessoas melhores do que ele. Forma outros líderes, sem medo de ser superado por eles. Ensina a encarar o trabalho como um prazer, e não como uma obrigação. Procura levar cada indivíduo a se conhecer para descobrir seu foco, seu potencial, o local certo onde possa se realizar como pessoa e como profissional. O bom líder deve procurar incentivar que os seus liderados dêem o melhor de si em cada situação, e não ficar tentando ser melhor que os outros.
O carisma é um atributo necessário, não suficiente. Outra qualidade de um líder é não ter medo de fracasso. O líder de verdade sabe usar eventuais quedas para se reinventar no momento seguinte. Trata-se de uma sabedoria que se adquire no fazer, caminhando..
Nas nossas empresas os organogramas contemplam os órgãos que a compõe com os respectivos cargos de chefia. Surgem então os chefes, os gerentes que são formalmente constituídos, mas serão líderes? Não necessariamente. É preciso se perguntar se estamos formando gerentes eficientes ao invés de líderes eficazes. É preciso reinventar a empresa, dotando-a de líderes mais adequados para a nova realidade do mundo em que vivemos: competitivo, ágil, com mudanças rápidas, tecnologias revolucionárias, colaboradores criativos, ousados, preparados. Precisamos nos reinventar, a cada instante, sermos dinâmicos, para competir melhor e mantermo-nos vivos e atuantes no mercado. Mas, muitas vezes, ainda, educamos uma geração de acomodados, de pessoas que têm medo de arriscar opiniões, que têm medo de errar, que têm preguiça de inovar  e levamos as nossas empresas à estagnação, com sério risco de ficarem ultrapassadas, obsoletas e entrarem em entropia, irem à falência.
Nós damos o significado para o que acontece em nossa vida.  Nós é que decidimos o que queremos para ela. A escolha de ser um líder é pessoal. Se você quiser e decidir ser um líder, pode transformar sua vida. Não se trata simplesmente de escolher. É um processo educativo que passa pelo conhecimento, muita informação, requer treino, muito treino, paciência, persistência, perseverança, aprendizado para conquistar habilidades e agir, ter atitudes condizentes com o que desejamos. E, para tanto, é preciso estar bem motivado, interessado, entusiasmado, focado para conseguir o que se deseja.
Seja líder de você mesmo para conseguir o que deseja e propiciar condições para o crescimento e o desenvolvimento de seus filhos, familiares, amigos, colaboradores, para termos uma família, uma escola, uma empresa, um país bem melhor, mais organizado, desenvolvido, com pessoas felizes, realizadas e produtivas.

João Paulino Quartarola



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