Na caminhada
da vida observam-se vários tipos de comportamento. Algumas pessoas são orgulhosas,
vaidosas, esnobes, se vangloriam, sentem necessidade de mostrar que são
“superiores”, que são “melhores”, “que têm mais”, “que podem mais”. Quanta
soberba... Outras são subservientes, se sentem ”inferiores”, deixam-se
subjulgar, permitem ser “rebaixadas”, colocam-se no papel de vítima -
“coitadinho de mim” -. Quanta submissão... Outras, ainda, são conscientes de
seus valores internos, conhecedoras de si, de seus limites, do seu potencial,
aceitam e tratam os outros apenas como diferentes e os respeitam com suas
diferenças e não se sentem nem mais, nem menos. Quanta igualdade... Neste
último grupo estão as pessoas que praticam a humildade, isto é, têm uma virtude
humilde. Procuram manter-se no nível dos outros e entendem que todos são dignos
de respeito e devem ser tratados com cordialidade, dignidade, honestidade.
A humildade
é um processo a ser aprendido e desenvolvido com paciência, vivência, sabedoria
e amor ao longo da vida. As pessoas que a exercitam são hábeis na prática da
empatia – se colocar no lugar do outro -, e entendem, compreendem, sentem na
“pele” o que o outro vive e tratam todos com consideração, atenção, carinho.
Ela é espontânea, emerge naturalmente. Ao exercê-la, compartilha-se o melhor
que se tem com os iguais e reconhece os valores e os feitos dos outros, ensina-se
com simplicidade e está sempre pronto e receptivo para aprender e crescer com
todos.
Equivocadamente,
algumas vezes, humildade é associada com inferioridade, fraqueza, submissão e
até pobreza. Ledo engano, ela está relacionada com distinção, gentileza,
sensibilidade, amorosidade, e, principalmente, autoconhecimento. Pois quem tem
plena consciência de si não necessita “mostrar o seu poder”, “aparecer”,
“subjulgar o outro”. Somos criaturas, filhos do Criador, Irmãos, portanto,
ninguém é superior a ninguém, tão somente, podemos estar com informações,
conhecimento, em momentos, circunstâncias ou estágios diferentes, apenas isso.
Quanto mais
a pessoa aprofunda no seu autoconhecimento, mais exercita a humildade, e mais vai
se aceitando e compreendendo, mudando a forma de tratar a si mesmo e conseguindo
estender às outras pessoas; percebe a riqueza existente dentro de si e dos
outros. Descobre que, o maior reconhecimento, o aplauso mais significativo, com
certeza será o seu. Faça o melhor sempre, é da nossa índole.
Como exemplo
prático, podemos citar a Jornada Mundial da Juventude, realizada recentemente no
Rio de Janeiro, onde tivemos maravilhosas lições de humildade vivenciadas pelo
Papa Francisco. Que Deus nos dê sabedoria para desenvolvermos cada dia mais a
virtude da sermos humildes e praticarmos o amor incondicional.
e-mail: jpquartarola@terra.com.br
João Paulino Quartarola
e-mail: jpquartarola@terra.com.br
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