sábado, 16 de novembro de 2013

"APADRINHAMENTO" NA INDICAÇÃO DE GESTORES


É preciso tirar a “venda dos olhos” e cada vez mais focar o paradigma da competência.

Com a crescente concorrência no mercado competitivo entre as organizações, a sobrevivência é assegurada, dentre outros fatores, por um corpo funcional preparado, competente e uma equipe coesa e produtiva. Assim, denominamos gestores preparados aqueles com excelente desempenho nas áreas de conhecimento, habilidades e atitudes, nas dimensões comportamental e técnica e capacitados para administrar. Por outro lado, conceituamos gestores despreparados aqueles com deficiência em uma ou mais áreas acima mencionadas.
Tem sido uma constante nas organizações a elaboração do Planejamento Estratégico, onde além da missão, visão definem também, entre outros itens, os valores que nortearão a conduta dos colaboradores na relação diária de trabalho visando a otimização de resultados e a satisfação da clientela. Ora, pesquisando os valores elencados no Planejamento Estratégico de algumas empresas observamos que os mais comuns são: conduta ética, imparcialidade, valorização das pessoas, transparência, credibilidade, valorização do capital humano, profissionalismo, compromisso com a instituição.
Porém, muitas vezes, apesar de terem sido elencados, dentre outros, os valores  mencionados acima não são devidamente aplicados, pois constatamos que em algumas organizações o “apadrinhamento” ainda se faz presente, principalmente na indicação de gestores e o pior, sem o devido e competente preparo. Com certeza, os malefícios para a empresa são enormes. Vejamos alguns deles:
- perde-se a confiança: abala um dos grandes pilares das relações quer com a empresa quer com as pessoas. Muitas vezes depois chamamos profissionais para proferirem palestras sobre Motivação... 
- perde-se a crença no cumprimento das normas: os critérios propagados passam a ser de “fachada”, permeando a descrença na “seriedade” do discurso com práticas contraditórias. Muitas vezes depois chamamos consultores para fazerem trabalhos de Reorganização Administrativa..
- dificulta o exercício da liderança: se o indicado não tem competência técnica e ou comportamental para conduzir pessoas, exercer o papel de líder fica bastante dificultado, pois acima de tudo ele precisa fazer por merecer para ser aceito e respeitado. Muitas vezes depois chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Liderança...
- compromete a possibilidade de formar uma Equipe de Alta Performance: o alicerce da formação da referida equipe tem como pilares a verdade, confiança, respeito... todos comprometidos. Face o despreparo do gestor, torna-se impossível aproveitar o potencial dos liderados. Muitas vezes depois chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Relacionamento Interpessoal...
- perde qualidade e quantidade nos resultados: sem o devido preparo fica difícil impor--se diante do grupo, orientar e convergir esforços para otimização dos resultados. Muitas vezes depois chamamos consultores para fazerem trabalhos de Melhoria de Processo de Trabalho...
- compromete os resultados da empresa: como a empresa atua como um sistema, a deficiência apresentada em um subsistema compromete a empresa como um todo. Muitas vezes chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Gestão Estratégica...
Como podemos observar essa prática só prejudica e onera toda e qualquer organização, solapando os diversos subsistemas do processo administrativo e comprometendo a efetividade da empresa.

É preciso tirar a “venda dos olhos” e cada vez mais focar no paradigma da competência. Privilegiarmos os mais preparados, competentes com potencial para empreenderem e liderarem, fazendo uso de processo transparente com regras claras, precisas, objetivas e avaliações consistentes e confiáveis. Dessa forma é possível que a escolha do profissional a gerir qualquer componente administrativo da empresa recaia sobre aquele que detenha competência técnica e comportamental, focado em gerir pessoas e contribua para que a empresa consiga melhores resultados, sempre.

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