É preciso tirar a
“venda dos olhos” e cada vez mais focar o paradigma da competência.
Com a
crescente concorrência no mercado competitivo entre as organizações, a
sobrevivência é assegurada, dentre outros fatores, por um corpo funcional
preparado, competente e uma equipe coesa e produtiva. Assim, denominamos
gestores preparados aqueles com excelente desempenho nas áreas de conhecimento,
habilidades e atitudes, nas dimensões comportamental e técnica e capacitados
para administrar. Por outro lado, conceituamos gestores despreparados aqueles
com deficiência em uma ou mais áreas acima mencionadas.
Tem sido uma
constante nas organizações a elaboração do Planejamento Estratégico, onde além
da missão, visão definem também, entre outros itens, os valores que nortearão a
conduta dos colaboradores na relação diária de trabalho visando a otimização de
resultados e a satisfação da clientela. Ora, pesquisando os valores elencados no
Planejamento Estratégico de algumas empresas observamos que os mais comuns são:
conduta ética, imparcialidade, valorização das pessoas, transparência,
credibilidade, valorização do capital humano, profissionalismo, compromisso com
a instituição.
Porém, muitas
vezes, apesar de terem sido elencados, dentre outros, os valores mencionados acima não são devidamente
aplicados, pois constatamos que em algumas organizações o “apadrinhamento”
ainda se faz presente, principalmente na indicação de gestores e o pior, sem o
devido e competente preparo. Com certeza, os malefícios para a empresa são
enormes. Vejamos alguns deles:
- perde-se a
confiança: abala um dos grandes pilares das relações quer com a empresa quer
com as pessoas. Muitas vezes depois chamamos profissionais para proferirem
palestras sobre Motivação...
- perde-se a
crença no cumprimento das normas: os critérios propagados passam a ser de “fachada”,
permeando a descrença na “seriedade” do discurso com práticas contraditórias. Muitas
vezes depois chamamos consultores para fazerem trabalhos de Reorganização
Administrativa..
- dificulta
o exercício da liderança: se o indicado não tem competência técnica e ou comportamental
para conduzir pessoas, exercer o papel de líder fica bastante dificultado, pois
acima de tudo ele precisa fazer por merecer para ser aceito e respeitado.
Muitas vezes depois chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Liderança...
- compromete
a possibilidade de formar uma Equipe de Alta Performance: o alicerce da
formação da referida equipe tem como pilares a verdade, confiança, respeito...
todos comprometidos. Face o despreparo do gestor, torna-se impossível
aproveitar o potencial dos liderados. Muitas vezes depois chamamos
facilitadores para ministrarem cursos de Relacionamento Interpessoal...
- perde
qualidade e quantidade nos resultados: sem o devido preparo fica difícil
impor--se diante do grupo, orientar e convergir esforços para otimização dos
resultados. Muitas vezes depois chamamos consultores para fazerem trabalhos de
Melhoria de Processo de Trabalho...
- compromete
os resultados da empresa: como a empresa atua como um sistema, a deficiência
apresentada em um subsistema compromete a empresa como um todo. Muitas vezes
chamamos facilitadores para ministrarem cursos de Gestão Estratégica...
Como podemos
observar essa prática só prejudica e onera toda e qualquer organização,
solapando os diversos subsistemas do processo administrativo e comprometendo a
efetividade da empresa.
É preciso
tirar a “venda dos olhos” e cada vez mais focar no paradigma da competência.
Privilegiarmos os mais preparados, competentes com potencial para empreenderem
e liderarem, fazendo uso de processo transparente com regras claras, precisas,
objetivas e avaliações consistentes e confiáveis. Dessa forma é possível que a
escolha do profissional a gerir qualquer componente administrativo da empresa
recaia sobre aquele que detenha competência técnica e comportamental, focado em
gerir pessoas e contribua para que a empresa consiga melhores resultados, sempre.
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